quarta-feira, 29 de abril de 2015

Dilma é recebida para inauguração da Jeep em clima de respeito, mas sem afagos

O evento que fez parte da agenda positiva da presidente não explicitou as arestas políticas entre PT e PSB



 (Paulo Paiva/DP/D.A Press)
Mesmo o PSB procurando ocupar uma posição de idependência e, por vezes, de distanciamento do PT, não houve manifestações contrárias à presidente Dilma Rousseff durante a inauguração da Jeep nesta terça-feira, em Goiana (PE). O clima era de respeito entre a presidente e o governador Paulo Câmara (PSB), que também estava acompanhado da viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos. 

Em discurso, Dilma afirmou uma "parceria incondicional" do ex-presidente Lula (PT) com o sucessor de Campos, Paulo Câmara, já que a decisão oficial de trazer a fábrica para o estado aconteceu nos governos de Eduardo e do ex-presidente, no final de 2010.

"Eu falo dessa decisão e desse apoio para deixar claro algo muito importante. Nós somos parceiros incondicionais do cresciemnto do Nordeste e de Pernambuco. Eu, Lula e Paulo Câmara fizemos escolhas e, ao fazer essas escolhas, tomamos decisões", explicou a presidente.

Ela disse não ignorar as dificuldades e desacelerações que o Brasil vive no atual momento, mas ter a certeza do comproisso e empenho do seu governo.

Já o governador Paulo Câmara se referiu a presidente em momento de agradecimento pelo trabalho feito desde o anúncio da vinda da fábrica Jeep para Pernambuco, feito por Lula e o ex-governador Eduardo Campos. Câmara garantiu novas parcerias entre os governos.

"Agora é continuar fazendo parceirias. Estamos instalando não apenas uma fábrica. O grupo Jeep vai instalar aqui um centro de desenvoviemtno e pesquisa e Pernambuco não vai só produzir automóveis, vai pensar sobre o automobilismo do mundo", indagou o socialista.

Da base aliada estavam presentes os senadores Humberto Costa (PT) e Douglas Cintra (PTB) e o deputado federal Silvio Costa (PSC), também a deputada federal Luciana Santos (PCdoB).
fonte DIARIO DE PERNAMBUCO

Dilma diz que licitação do Arco Metropolitano está mais perto


Foto/Carol Brito
A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (28), que o pacote do governo para ampliar os investimentos em infraestrutura deve ser lançado no mês de maio. Ela afirmou que sua equipe estuda incluir no pacote o lote 1 da construção do Arco Metropolitano de 77 quilômetros para conectar o litoral norte de Pernambuco ao Porto de Suape. Dilma participou nesta terça-feira da inauguração da fábrica Jeep do Grupo Fiat Chrysler, em Goiana cidade da zona da mata de Pernambuco, a 66 quilômetros do Recife, localidade até então sustentada pela cultura da cana-de-açúcar.


O arco viário é estratégico para escoar a produção. A obra foi uma das contrapartidas prometidas pelo Estado de Pernambuco, que passou a responsabilidade para o governo federal. A ideia é construir uma nova pista dupla que vai ligar o norte ao sul do Recife, desafogando o trânsito pesado atualmente verificado no trecho da BR-101 que corta a área metropolitana. Isso deve facilitar a mobilidade de cargas que têm como origem ou destino o Porto de Suape.

A presidente anunciou no evento que a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), o órgão ambiental de Pernambuco, liberou na segunda-feira (27) a licença prévia para a construção da parte 2 do arco- com cerca de 45 quilômetros, com início em São Lourenço da Mata e término próximo ao Cabo de Santo Agostinho. Com a licença, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) vai elaborar o termo de referência para lançar o edital para selecionar a empresa responsável pela elaboração do projeto e execução das obras.

O lote 1, que deve ser incluído no pacote a ser lançado em maio, parte de Goiana até São Lourenço da Mata. Nesta segunda-feira, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que opacote deve ficar em torno de R$ 150 bilhões.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Em Paulista, Fábrica Aurora será transformada em empreendimento habitacional, comercial e empresarial

A política de atração de investimentos na cidade pela atual gestão da Prefeitura do Paulista trouxe mais um resultado exitoso. Uma das mais tradicionais empresas têxteis do Paulista, a antiga Fábrica Aurora, localizada no bairro do Centro, dará espaço para um empreendimento habitacional e comercial de um consórcio encabeçado pela Construtora Carrilho. A área de 200 mil m², onde no início do século XX funcionava a empresa responsável pelo crescimento do município, será transformada em um condomínio com 3 mil apartamentos, um edifício garagem, dois edifícios com salas comerciais e um centro de compras.


Apesar das mudanças, o empreendimento irá preservar três chaminés que são patrimônios tombados pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Também serão preservadas a casa das caldeiras, a caixa d’água e parte do muro - que será restaurado para ficar com os tijolos aparentes. Uma ciclovia ainda será implantada na região.

Para o início das obras, o muro da fábrica começou a ser demolido nesta semana, o que chamou atenção do operador de empilhadeira Carlos César Barbosa, que mora há mais de 30 anos no bairro de Jardim Paulista Baixo. Ele estava trafegando nas proximidades da Fábrica Aurora quando viu a intervenção e parou para observar a atividade. “Essa área estava desativada e não estava servindo mais para nada. Agora deve trazer empregos na área de construção civil. Vai ser ótimo, é fazer a história da cidade evoluir” avaliou o Carlos César.
A Fábrica Aurora foi responsável pelas conquistas da família do ambulante Wellington Oliveira, 38 anos, que há quase uma década trabalha em frente à empresa, hoje, desativada. “Minha avó se aposentou trabalhando na Aurora. Meu pai trabalhou lá também. Aí eu acho que melhor seria se o dono dessa empresa tivesse reativado a fábrica, já que ele vendeu a área é bom mesmo que seja construída uma coisa que vai trazer benefício para a cidade”, avaliou o ambulante.

A Prefeitura do Paulista, através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, ainda incluiu a requalificação de 2.465m² de calçadas acessíveis. A intervenção será custeada pela Construtora Carrilho como medida compensatória do novo empreendimento. Com a reforma, os passeios dos pedestres serão dotados de 11 rampas acessíveis para cadeirantes, piso tátil direcional e de atenção, 60 bancos de praças além do plantio de 69 árvores de médio porte para sombreamento, 31 lixeiras e uma nova iluminação.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Arquidiocese aguarda parecer do Vaticano sobre beatificação de dom Hélder

Da Agencia Brasil


A Cúria Romana analisa o pedido feito pela Arquidiocese de Olinda e Recife para iniciar o processo de beatificação de dom Hélder Câmara. A expectativa agora está no posicionamento dos dicastérios, que são departamentos do governo da Igreja Católica que compõem a Cúria.


Uma carta enviada à arquidiocese pelo prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, explica que, caso seja dado o Nihil Obstat (Nada Consta), a Igreja em Olinda e Recife poderá iniciar o processo na diocese.

De acordo com a arquidiocese, a primeira etapa do processo consiste em nomear dom Hélder Servo do Senhor. Em seguida, a partir da aprovação de estudos feitos por uma comissão jurídica, com base da análise de textos publicados pelo religioso e de testemunhos de pessoas que o conheceram, o papa concede o título de Venerável Servo do Senhor. Então, o passo seguinte é a beatificação.

Dom Hélder Câmara nasceu em 7 de fevereiro de 1909 em Fortaleza. Ingressou no seminário da capital aos 22 anos e teve uma vida religiosa marcada pela atenção aos mais necessitados.

Entre outras atividades exercidas por dom Hélder, destacam-se a passagem pelo arcebispado do Rio de Janeiro, onde foi bispo auxiliar na década de 40, com forte ação social, e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da qual foi secretário durante 12 anos (1952-1964).

Foi nomeado arcebispo de Olinda e Recife em 12 de abril de 1964, poucos dias depois do golpe militar. Em agosto de 1969, foi acusado de ser demagogo e comunista por ter criticado a situação de miséria dos agricultores do Nordeste.

A partir desse episódio, dom Hélder passou a sofrer várias represálias. Teve a casa metralhada, assessores seus foram presos e sua indicação para o Prêmio Nobel da Paz foi boicotada pelo governo militar, já que ele denunciava a tortura praticada contra presos políticos. Dom Hélder recebeu, entretanto, vários outros prêmios internacionais pelo trabalho em defesa dos direitos humanos, como o Prêmio Popular da Paz, na Noruega, em 1974, e o Martin Luther King, nos Estados Unidos, em 1970.

Dom Hélder Câmara morreu no dia 27 de agosto de 1999 em sua casa, no Recife. Seus restos mortais estão sepultados na Igreja Catedral São Salvador do Mundo, em Olinda.